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Quarta-feira, 08 Outubro 2014

Joaquim Pinto, árbitro com vasta experiência internacional, pertence aos quadros do CRAHP- Porto, atualmente com 36 anos e de Rio Tinto, tem 17 anos de experiência, tendo apitado muitos jogos até à data. Aproveitamos a sua nomeação para a Taça Intercontinental, para o conhecermos um pouco melhor.
Plurisports (PLR): Quais as principais razões que o levaram a ser árbitro?
Joaquim Pinto (JP): As principais razões que me levaram a ser árbitro tiveram a ver com o facto de o meu pai ser, na altura, Diretor do CRAHP do Porto e ex-Árbitro Internacional de hóquei em patins, e também por influência do meu irmão José Pinto que, como todos sabem, também é árbitro. Na altura quando pensei em tirar o curso de árbitro, tinha 18 anos e ia para a tropa, sendo uma boa altura para estudar e também poder ficar em casa pelo mesmo motivo, evitando algumas vezes as idas à tropa. Nunca cheguei a ficar muito tempo no quartel, mas também acabei por não estudar tanto quanto desejava, pois na altura praticava futebol, num clube do Porto, o Cruz. Ainda assim, sempre que possível, estudava nos tempos livres da tropa, e ao fim de quatro meses acabei por fazer o exame de admissão à arbitragem, que passei com distinção. Passado uns meses comecei a arbitrar e o (bichinho começou a aumentar) mas nunca deixei de jogar a bola, muitas vezes mal acabava de jogar, ia arbitrar ou vice-versa. Passado alguns anos (quando tinha 24 anos) subi à 1.ª divisão e ai deixei o futebol, e dediquei-me a 100% à arbitragem....
PLR: Tendo em conta o papel do árbitro no jogo, como peça fundamental e indispensável ao mesmo, acha que os árbitros deveriam ser tratados de outra forma?
JP: O papel de árbitro não é fácil, temos que estudar muito e saber muito bem as regras para aplicar dentro de pista, e aí sim cada árbitro pode criar a sua própria imagem.
PLR: Quais os momentos positivos mais marcantes da carreira?
JP: Já são muitos em tão pouco tempo como árbitro, como Finais de Campeonatos Distritais, de Campeonatos Nacionais desde Infantis até Seniores, Finais da Taça de Portugal, Supertaça, bem como Finais e presenças em vários Campeonatos da Europa de camadas Jovens, faltando ainda marcar presença num Campeonato Europa Feminino e Masculino, Final do Campeonato do Mundo de Clubes, Final da Taça Continental, Final da Taça Intercontinental, Final da Liga dos Campeões, Final da Taça Cers, Final do Campeonato de Clubes Africano, Presença no Campeonato Mundo Feminino, Final do Campeonato do Mundo B de Seniores, Presença num Torneio em Macau, Finais e Presenças em Vários Torneios em Angola, mas o momento que ainda tenho na mente e acho que nunca vou esquecer, acho que é o momento que qualquer árbitro sonha, foi apitar a final do campeonato mundo de seniores em San Juan na Argentina, com 13 mil pessoas no pavilhão.
PLR: Quais os momentos menos positivos?
JP: Os menos positivos são quando eu sinto que não estive bem num jogo e que poderia ter feito algo diferente ou até melhor.
PLR: Quais objetivos a curto/médio prazo? Qual o jogo/competição que sonha um dia apitar?
JP: Os meus objetivos são estar bem nos jogos para merecer as nomeações para outros jogos, quer a nível Distrital, Nacional, Europeu e Mundial. Além disso, sonho também um dia fazer um Campeonato Europeu Feminino e Masculino.